quarta-feira, 10 de abril de 2013

                           Fruto!


A pequena menina via o fruto da árvore, que por sua vez baixava os galhos, como quem lhe oferece algo... Ela se aproximou e todos comemoraram o feito, pois a menina estava na direção certa, na árvore certa, em frente ao fruto certo;  a menina pegou o fruto encostou nos lábios e o deixou cair. Todos disseram: Menina idiota, como pode deixá-lo cair? A árvore guardou o melhor fruto até você chegar, isso o que acontece? Ela agradeceu e acrescentou: Não posso aceitar vocês jamais iriam entender meus motivos, vocês não são humanos como eu; e eu jamais serei como vocês!!

Abaixou-se e procurou as sementes dentro do fruto, catou e enterrou as sementes...

Desde então voltava todos os dias, olhando fixamente a terra, e começou a questionar a árvore:

Por que mandou enterrar tão longe as sementes da minha florzinha?

A árvore respondeu: Por que não quero contato com a planta! Mas que flor? Como pode nascer uma flor de uma semente? É impossível.

A menina gritava: Claro que pode, eu acredito!

Algo surgiu, todos sabiam que era uma nova árvore, mas a menina acredita na flor, a pequena morena flor.

Por que árvore não me deixou plantar aqui perto? Você é tão forte, rígido; não faz mal a minha flor nascer aqui próximo.

E mais uma vez a árvore respondeu: Jamais nascerá uma flor, e essa planta tem que seguir seu caminho sozinho, ela precisa de sol e a minha sombra é muito grande, por isso a distância. A menina com os olhos ex lassos-amante esperou angustiada, e descobriu que sua flor não ia nascer, pois a árvore crescia simples, frágil, sem forças pra competir com a árvore maior. Mesmo assim a menina insistiu em cuidar da árvore; por mais que a morena flor não pudesse existir, existia algo e a menina gritava: VIVA!

A árvore cresceu, frutos começaram a surgir, ela podia comer todas que quisesse não apenas uma. A nova árvore lhe ensinou, só posso te dar frutos, mas de cada fruto, você terá uma sensação diferente.

                                                                                     Cintya Thaís, novembro de 2011!

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