terça-feira, 25 de junho de 2013



Se de cada plano ganhasse um sol, aqueceria a solidão, já que tristeza é só coisa da minha cabeça, dizia Virgínia a si mesma, mandando a nuvem negra embora sem magoá-la; Virgínia se adaptou a ouvir adeus, mas nunca disse:
Dizer adeus é só pra não confundir a mente, entre o que sentimos e queremos; mas todos esses truques inconscientes ela conhecia, e se um dia fosse um adeus, não diria...
Dizer ou calar o adeus não faz diferença. Não, é não!


           Dia 20

Aqui,  me encontrou corada
Disfarçou inocente o sorriso feliz
Ofereci nos olhos morada
Não percebeu  meu pequeno aprendiz

Vem! Ainda como amigo
Não repare o que digo e faço
Agora eu que peço abrigo
Na garganta já fiz um laço

Me perdi no que diz e no que vejo
Meu sentir, teu viver esquecido.
Me confunde o sentido e o desejo
Entendo por está aborrecido

Sempre me pediu compreensão
Te julgava imaturo
Me julgou por viver na razão
Na emoção nos vi no futuro

Hoje lembro o que dizia
Impossível engolir a verdade
Passei escondendo o que sentia
Que hoje luto pela sua amizade.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

O Sorriso de Sophia

Sorria, Sophia!!
Sophia nunca sorria!
Sophia apenas sofria.
Sophia sofria de uma dor que latejava e doía.
Calada ela sofria com o passar do dia e da noite fria.
Sophia gemia, gemia e sentia uma dor que nunca se ia.
Sophia nunca fugia da sua dor que tanto incomodava e doía.
O que se sabe sem demagogia
É que ela apenas sofria.
Sofria, gemia, pedia a Ave Maria
Pelo abandono da dor que nunca se via
Não se via mas que muito doía.
Como ajudar Sophia?
Ajuda ela não queria.
Era ignorante e arredia
Preferia a dor que lhe ardia.
Como ajudar Sophia que ajuda não queria?
Saber ninguém sabia.

Mas todo santo dia o que se ouvia era a mesma latumia,
Apenas Sophia que calada gemia com a sua dor que doía.

       
                                                                           Diassis Freitas. 02/06/13.